quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Regra do Nagual de TrÊs Pontas, Parte 4 - A ORIGEM DA REGRA




A ORIGEM DA REGRA
Perguntei como chegou o homem a contatar se com essa matriz.
Respondeu:
“Sempre existiu. Porém, os videntes são seus descobridores e guardiães". A regra é a origem da ordem universal. Seu funcionamento e finalidade são desconhecidos, não porque não se saibam, mas porque não são compreendidos. Centenas das gerações de bruxos deram suas vidas no empenho de elucidar e desenvolver propostas práticas para cada uma de suas unidades conceituais.
“No princípio, nenhum homem pretendeu ter um vislumbre dessa estrutura, porque ninguém sabia que estava ali. Á medida que os videntes do México antigo travaram contato com outras entidades consciente desta Terra, muito mais antigas e mais experimentadas que eles, foram adquirindo porções da regra. Um dia viram que todas essas porções se encaixavam entre si como um quebra-cabeça. Nesse dia, descobriram o que eles chamam ‘o mapa', e assim começou a linhagem dos antigos videntes.
Através do ver, eles verificaram quase cada porção relativa ao ensoñadores. Provaram todas as combinações, determinando seus efeitos sobre a consciência. Organizaram os exercícios do ensonho em sete níveis de profundidade e penetraram até as vielas mais íntimas do Universo. Pouco a pouco, eles desenvolveram o desenho da partida, uma estrutura em forma de pirâmide extremamente estável e capaz de expressar com transparência os desígnios do poder.
Mas houve algo que os antigos não verificaram: a regra para os espreitadores. Eles sabiam da espreita como uma possibilidade latente que na prática não valia a pena explorar.”
“Porque?”
“Porque, em uma época em que ser o bruxo era estar no cume da escala social, a espreita como arte não tinha objetivo. Haveria sido um mau investimento. Mas, quando mudou a modalidade da época, esse raciocínio quase levou os antigos à extinção.
Não foi senão até o aparecimento dos toltecas, quando a outra grande porção da regra revelou seu extraordinário conteúdo. Só sobreviveram as linhagens que foram capazes de aplicá-las; o resto se dissolveu, se perderam no redemoinho que significou a caída do regime dos videntes antigos. A incorporação da espreita determinou o nascimento dos novos videntes. Com eles, a regra do nagual ficou totalmente elucidada.”
 “Quando aconteceu isso?”
“O período dos novos videntes começou aproximadamente a uns cinco mil anos atrás e alcançou seu apogeu nos tempos de Tula. Através da espreita, a contribuição fundamental desses guerreiros para a bruxaria foi, a noção da impecabilidade.”

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