domingo, 2 de setembro de 2012

The Rule of Three - Pronged Nagual - Part 2, THE OMEN


THE OMEN

One time, after giving a talk in the private dining room of a restaurant where he invited all of us to dine, Carlos asked me to come with him to another place. Minutes later, we both left, while the others were still in the middle of a lively conversation.  

On the way, we had to cross a large avenue. To get ahead of the cars, I ran towards a triangular traffic island in the middle of the street, believing that Carlos was right behind me. But when I got there, I realized that he was still waiting on the other side.  

Then something unexpected happened; a great gust of wind came rushing down the avenue, so strong that I had to hold on to the metal post of a traffic sign. Before I had time to protect myself, a cloud of dust got into my eyes and throat, making me cough and leaving me blind for a moment. 

When I recovered, Carlos was at my side, looking at me with a radiantly happy face. He patted my back and made a very strange comment: 

"I already know what to do with you!" 

I looked questioningly at him, and he explained: 

"That was the same wind, it is behind you." 

His words made me remember the moment we met, when an autumn wind had forced us to hastily close the windows of the room where a group of friends were waiting for him. 
"On that occasion, you saw it as a strong wind, but I knew that it was the spirit making whirls over your head. It was a sign, and now I know why it pointed you out." 

I asked him to explain this enigmatic statement, but his answer was even more obscure: 

"I am heir to a certain information. It is an aspect of the teachings which concerns me so deeply that I can’t explain it to the others. It should be said through a messenger. While I was watching how the spirit danced with you on the edge of the avenue, I knew that the messenger is you." 
I insisted he must tell me more, but he said this was neither the time nor the appropriate place. 

...

LA RÈGLE DU NAGUAL A TROIS POINTS - Partie 2, LES AUSPICES


LES AUSPICES





Une autre fois, après avoir entretenu une conversation dans une pièce privée d'un restaurant où nous étions invités à manger, Carlos demanda que je l'accompagne quelque part. Quelques instants plus tard, nous prîmes congé tous les deux, laissant les autres invités pris dans une gaie conversation.

Sur notre chemin, nous devions traverser une grande avenue. Devant le trafic, je courus à un îlot triangulaire sur la route, pensant que Carlos me suivrait. Mais quand je suis arrivé là, je remarquai qu'il était resté attendre sur l'autre côté.

Alors par hasard quelque chose se passa; une magnifique bouffée de vent s'engouffra dans l'avenue, et si fort, que je dus m'accrocher à un poteau métallique de signalisation routière. Avant que je pusse me protéger, un nuage de la poussière s'introduisit dans mes yeux et ma gorge provoquant la toussez et me laissant momentanément aveuglé.
Lorsque je récupérai mon état normal, Carlos était à mon côté et me regarde avec un visage radieux et joyeux. il me tapa dans le dos mon en arrière et fit un commentaire très étrange:
“Je sais ce qu'on va faire de toi ! ”
D'un visage interrogatif je le regardai, et il m'expliqua :

“C'était le même vent, il te chasse.”

Ses mots me firent me souvenir du moment où je l'avais rencontré, lorsqu'une bourrasque automnale nous avait fait précipitamment fermer les fenêtres de la pièce où nous attendions un groupe d'amis.
“En cette occasion tu l'as senti comme un vent fort, mais je savais que c'était l'esprit qui tournait autour de ta tête. C'était un signe, et maintenant je sais quel était son dessein à ton sujet.”
Je lui demandai qu'il m'expliquât cette déclaration énigmatique, mais sa réponse était encore plus obscure :
“Je suis héritier d'une certaine information. C'est un aspect de l'enseignement qui m'intéresse si profondément que même moi je ne peux pas l'expliquer à autres. Cela devrait être dit à par le biais d'un messager. Il y a juste quelques instants, pendant que j'observai comment l'esprit te secouait sur le bord de l'avenue, je l'ai su que ce messager c'était toi.”
J'insistai pour qu'il m'en dise plus, mais il me raconta que, ce n'était pas ni le bon temps ni le lieu idoines.
 
...

Die Regel des dreizackigen Nagual - Teil 2, DAS OMEN


 

Das Omen



 Bei einer bestimmten Gelegenheit, nachdem er einen kleinen Vortrag in einem privaten Raum eines Restaurants gegeben hatte, wo er uns alle zum Essen eingeladen hatte, Iud mich Carlos ein, mit ihm wo anders hin zu gehen. Minuten spáter verliessen wir beide die anderen Gaste, die be¡ einem heiteren Gesprách waren.

Unterwegs hatten wir eine grosse Strasse zu überqueren ['Paseo de la Reforma' in Mexico Ciudad]. Wegen des Verkehrs rannte ich vor zu einer dreieckigen Verkehrsinsel in der Mitte der Strasse und dachte, dass Carlos mir folgen würde. Aber als ich dort ankarn, merkte ich, dass er immer noch auf der anderen Seite der Strasse wartete.

Dann passierte etwas Unvorhergesehenes: Ein gewaltiger Windstoß raste durch die Strasse, so stark, dass ich mich an einem Metallpfosten fest halten musste, der als Verkehrszeichen diente. Bevor ich mich schützen konnte, drang eine Staubwolke in meine Augen und in meine Kehle, brachte mich zum Husten und machte mich für einen Augenblick blind. Als ich mich erholt hatte, stand Carlos an meiner Seite, blickte mich an, und sein Gesicht strahlte vor Freude.

Er klopfte mir auf den Rücken und machte eine sehr merkwürdige Bemerkung:

1ch weiß jetzt, was ich mit dir rnache!" Ich blickte ihn fragend an, und er erklärte: "Das war der selbe Wind. Er läuft hinter dir her!"

Seine Worte erinnerten mich an die Situation, als ich ihn traf und uns ein Herbstwindstoß zwang, die Fenster des Raums hastig zu schliessen, wo wir auf die Gruppe der Freunde warteten.

"Du fühltest ihn als einen starken Wind. Aber ich wusste, dass es der Geist war, der über deinem Kopf wirbelte. Das war ein Zeichen, und jetzt weiß ich, mit welcher Absicht er auf dich gezeigt hat."

Ich bat ihn, diese geheimnisvolle Behauptung zu erläutern, aber seine Antwort war sogar noch dunkler:

Ich bin ein Erbe bestimmter Informationen. Es gibt einen Aspekt der Lehren, der mich so tief betrifft, dass ich es den anderen nicht selbst erklären kann. Es muss durch einen Boten verkündet werden. In dem Augenblick, wo ich sah, wie der Geist dich am Rand der Strasse schüttelte, wusste ich, dass du der Bote bist".

Ich verlangte von ihm weitere Erklärungen, aber er sagte, dass dies weder die richtige Zeit noch der richtige Ort sei.

...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Regra do Nagual de Três Pontas - Parte 1




INTRODUÇÃO

Desde tenra idade, a tendência reflexiva de meu caráter levou-me a buscar uma explicação sobre quem sou e qual era meu propósito na vida. Baseado nesses interesses, em certa ocasião um colega de estudos informou-me que Carlos Castaneda ia dar uma palestra privada na casa de um amigo dele, e que eu podia vir se  quisesse. Fiquei encantado com o convite, porque já fazia tempo que eu esperava uma oportunidade dessas.
Castaneda era um famoso antropólogo, autor de vários livros sobre a cultura dos antigos bruxos mexicanos. Neles conta que, sendo ainda um estudante na Universidade de Califórnia, foi fazer trabalho de campo entre os índios yaquis, ao norte do México, a fim de aprender sobre plantas medicinais que eles usavam.
Em uma de suas viagens ele se encontrou com um velho herbanário que tinha a fama de ser feiticeiro, que se apresentou como Juan Matus. Com o passar do tempo, o ancião o tomou como aprendiz e o introduziu em uma dimensão totalmente desconhecida para o homem moderno: a sabedoria tradicional dos antigos videntes toltecas, comumente conhecidos como “bruxaria” ou “nagualismo”.

Em uma dúzia de livros, Carlos relata uma relação de mestre e aprendiz que durou treze anos. Por aquele tempo, foi submetido a um árduo treinamento que o levou a confirmar pessoalmente os fundamentos dessa estranha cultura. As experiências adquiridas durante sua aprendizagem terminaram fazendo que o jovem antropólogo sucumbisse ante à fascinação do conhecimento e fosse absorvido pelo sistema de crenças que ele estudava. Este desenlace o distanciou bastante de suas metas originais.

“Nagualismo” era o nome que davam os bruxos do México pré-hispânico a seu sistema de crenças. Conforme a história, esses homens estavam profundamente interessados em sua  relação  com o Universo, a tal grau, que se deram à tarefa de investigar os limites da percepção através do uso de plantas alucinógenas que  lhes permitiram mudar os níveis de consciência. Depois de praticar durante gerações, alguns deles aprenderam a “ver”, quer dizer, a perceber o mundo, não como uma interpretação, mas como um fluxo constante de energia.

O nagualismo consiste em um conjunto de técnicas desenhadas para alterar a percepção cotidiana, produzindo fenômenos psíquicos e físicos de extraordinário interesse. Por exemplo, a tradição mexicana afirma que um nagual pode se transformar em um animal, porque  aprendeu a sonhar a si mesmo em uma forma diferente a de um ser humano. Atrás desta crença popular está o fato de que os bruxos exploram seu subconsciente  com o propósito de lançar luz sobre aquele âmbito desconhecido de nosso ser.
O nagualismo foi durante milhares de anos uma prática socialmente aceita, tal como é aceita entre nós hoje em dia a religião ou a ciência. Com o tempo, seus postulados ganharam em abstração e sínteses, convertendo se em uma espécie de proposta filosófica cujos os praticantes recebiam o nome de toltecas.
Os toltecas não era o que geralmente entendemos por bruxos, quer dizer, indivíduos que usam forças sobrenaturais para danificar a outros, mas homens e mulheres extremamente disciplinados e interessados em aspectos complexos de estar consciente.

Nos livros dele, Carlos se esforçou com muito talento por adaptar o conhecimento dos naguais a nosso tempo, tirando-o do ambiente rural e fazendo-o acessível a pessoas com formação ocidental. A partir das lições de Don Juan, ele definiu as premissas do caminho do guerreiro ou o caminho do comportamento impecável, consistente em controle, disciplina e esforço contínuo. Uma vez interiorizados, estes princípios levam o praticante a outras técnicas mais complexas, cujo objetivo é perceber o mundo de um novo modo.

Alcançado isto, o estudante está em posição de mover-se pelo o âmbito dos sonhos em forma voluntária e consciente, da mesma maneira que o faz em sua vida diária. Esta técnica se complementa com o que Don Juan denominou “a arte de espreitar” ou a arte de conhecer-se a si mesmo, e com um exercício diário chamado “recapitulação”, porque consiste em revisar os eventos de nossa história pessoal para encontrar seu enredo oculto.
Tanto o sonho como a recapitulação torna possível a criação do “duplo” energético, uma entidade praticamente indestrutível, capaz de atuar por conta própria.
Um dos descobrimentos mais relevantes dos videntes toltecas, foi que os seres humanos possuem uma configuração luminosa ou campo de energia ao redor de nosso corpo físico. Eles também Viram que alguns poucos vinham com uma configuração especial dividida em duas partes. A estes os chamaram naguais, quer dizer, “pessoas duplicadas.” Por sua particular conformação, o nagual tem maiores recursos à maioria das pessoas. Eles também viram que, por causa de sua duplicidade e excepcional energia, eles são líderes naturais.

A partir destas descobertas, foi inevitável que os videntes se estabelecem de acordo com os comandos da energia, organizando grupos harmônicos cujos participantes se complementavam uns aos outros. Os guerreiros destes grupos estavam comprometidos com a procura de novos níveis de consciência. Com o tempo, eles começaram a perceber que, atrás de suas práticas e formas de organização, havia uma regra impessoal.
Neste sentido, a regra é a descrição do desenho e os meios pelo qual podem se unir as diversas conformações luminosas da espécie humanas para integrar um único organismo denominado “o grupo do nagual.” A meta destes grupos é a liberdade total, a evolução da consciência ao ponto de poder viajar pelo oceano da energia cósmica, percebendo tudo aquilo que nos é acessível.
Existe uma seção especial da regra que descreve como se entrelaçam as diversas gerações de guerreiros formando linhagens, e como as linhagens se renovam de vez em quando.

A Carlos lhe incumbiu viver uma dessas fases de renovação. Porém, ele mesmo  não entendeu o que isto significava, até que  recebeu uma mensagem que o guiou  a divulgação do conhecimento.
Quando eu o conheci, ele ainda tinha uma grande reserva para com o público e  tentava manter-se a distancia das pessoas. Nossa relação foi principalmente através de palestras que ele dava a pequenos grupos e conversações privadas.

Ele exigiu que passasse inadvertido frente aos outros a fim de manter baixo controle minha história pessoal. Tempos depois, admitiu que essa medida possuía um sentido mais profundo, porque eu tinha um compromisso com o espírito e devia executar minha tarefa quatro anos depois de sua partida.
Quando perguntei a razão desse requisito, falou que sabia que sua obra seria obstruída por detratores que tentariam frustrar o plano desenhado por don Juan para uma revolução da consciência. Minha função seria dar um testemunho da mensagem que recebi.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Páginas